Desde os primórdios a evolução das maneiras e locais utilizados para registrar algo (desenhos, formas, rabiscos, escrita) foi evoluindo constantemente e de forma diferente dependendo das particularidades de cada civilização. Dentre os destaques, ao longo dos séculos foram sendo substituídos as paredes de cavernas, pedras, madeira, ossos, tecidos, e então chegou o papiro, logo mais o pergaminho e então, o comum papel. Mas será que ele é tão comum assim? Avaliando o produto final não se pode imaginar o quão demorado foram todos os processos até a produção do papel.
Nos registros históricos mais concretos sabe-se que o papiro foi utilizado pelos egípcios na Alta Antiguidade antes de ser meio da escrita para povos da Ásia e Europa.
Já o pergaminho, fabricado com pele de carneiro curtida e polida, foi criado por necessidades de produção textual do povo de Pérgamo, parte da Turquia de hoje. Em contrapartida, existem registros que o couro era utilizado para a escrita na Pérsia antes mesmo de Pérgamo, porém não gozava de técnicas mais aprofundadas que poderiam ser definidas como produção de pergaminho.
Mas foram os gloriosos chineses que criaram as técnicas para o nosso papel. A invenção de Tsai-Loun era composta por cascas de árvores, cânhamo e trapos. Aos poucos o papel foi chegando aos povos, porém inicialmente ele não foi tão bem-recebido, como é o caso dos europeus. Eles não aceitaram a novidade pelo fato do papel ser mais frágil que o pergaminho e não apresentar um bom fator custo-benefício.
Grande parte do histórico da evolução dessas produções tiveram algumas dificuldades em serem aceitas e principalmente, em serem difundidas pelo mundo. De acordo com o que o autor Antonio Costella destaca em seu livro Comunicação do Grito ao Satélite, nota-se que os empecilhos foram criados por causa do comércio, e que o mesmo também colaborou muito para a criação das necessidades que fariam os povos, mais tarde, criar novas técnicas ou novos contatos com a "vizinhança". É claro que se a comunicação fosse mais aberta entre as civilizações antigas as descobertas seriam mais ágeis, porém, nem tudo dá para criticar quando o assunto são os séculos passados.
Costella também enfatiza que todas as técnicas da produção do papiro, pergaminho ou papel podem ter sido utilizadas anteriormente por outros povos, de formas diferenciadas, mas que de algum olhar elas se assemelham.
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